por Mariah Salvatore e Kelly Sampaio
Os livros são, independente do gênero, a melhor maneira de treinar a leitura, a escrita, a interpretação, além de incentivar a criatividade de quem lê. Pensando nisso, para celebrar tanto o Dia Nacional do Livro, 29 de outubro, quanto o Halloween, próximo dia 31, siga o fio para conhecer obras de terror que todo amante da literatura deve conhecer.
1 – Drácula
Escrito pelo autor irlandês Bram Stoker, Drácula é um romance de terror gótico, publicado pela primeira vez em 1897. Ao longo das décadas, o personagem sofreu várias modificações, sendo eternizado como um símbolo de terror da cultura popular, juntamente com membros de sua categoria, os vampiros. Com várias releituras, desde seres que brilham quando estão no sol até super-heróis, Drácula marca até hoje várias gerações.
2 – A Saga Rua do Medo
Muito antes de assustar jovens no catálogo da Netflix, “Rua do Medo” já era febre entre os leitores adolescentes, cortesia de R.L Stine. A série, ambientada na cidade de “Shadyside”, mistura elementos sobrenaturais e maldições familiares que intrigam desde os anos 1990. As adaptações para o streaming reanimaram o interesse pela saga, mostrando que o terror pode ser cíclico e alcançar gerações.
3 – It: a Coisa
Considerado como “Rei do Terror”, Stephen King em 1986 entrou no imaginário de crianças, jovens e adultos que possuem fobia de palhaços, transformando uma figura alegre e divertida em um monstro alienígena que devora crianças. Dividido em dois períodos no tempo e de modo onisciente (em terceira pessoa), o romance de terror aborda muito mais do que o simples medo de algo desconhecido, memórias, traumas de infância e suas repercussões na vida adulta, bem como os sacrifícios de cada personagem.
4 – Saboroso Cadáver
“Saboroso Cadáver”, de Agustina Bazterrica, é uma perturbadora narrativa sobre uma sociedade que consome carne humana. Neste cenário distópico, a escritora argentina toca em questões sensíveis e provoca a reflexão sobre consumo, ética e moral. Com cenas intensas e uma premissa que choca, a obra é um convite a questionar nossa própria humanidade em um contexto de extrema brutalidade.
5 – Frankenstein
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, Mary Shelley em 1818 literalmente deu vida a um monstro, Frankenstein (também chamado de O Prometeu Moderno). Tendo grande influência na literatura e cultura popular ocidental, até os dias de hoje, o icônico ser que possui partes de outras pessoas é referenciado em diversos aspectos no meio do terror. Narrado por meio de cartas, o romance de terror gótico foi concebido quando Mary estava, de certa forma, aprisionada em sua residência juntamente com seu futuro marido, Percy Bysshe Shelley e o amigo Lord Byron, onde eventualmente, os três escreviam contos de terror para eles mesmos.
6 – Gótico nordestino
Na obra “Um Exu em Nova York”, Cidinha da Silva insere o gótico na realidade nordestina, um híbrido entre terror e crítica social. Incorporando entidades do Candomblé e da Umbanda, a autora cria uma narrativa que traz à tona o sincretismo religioso e cultural do Brasil. É um livro que une a atmosfera sombria do gótico com a força das tradições afro-brasileiras, revelando um terror único e autêntico.
7 – A Máscara da Morte Rubra
Embora Stephen King seja o “Rei do Terror”, Edgar Allan Poe é, definitivamente, o “Pai do Terror”. Autor de inúmeros contos e referência no meio gótico, em 1842, Poe criava A Máscara da Morte Rubra, tendo como inspiração o surto de cólera que se alastrou por toda a Europa. A história narra um baile de máscaras organizado por um príncipe junto com mil amigos e pode ser delicada para aqueles que sofreram durante os tempos de pandemia, “lá fora, a peste; aqui dentro, a loucura”.
8 – A volta do parafuso
Henry James desafia a linha entre o real e o imaginário em “A Volta do Parafuso”. Publicada em 1898, a história acompanha uma governanta que, isolada com duas crianças, acredita que forças sobrenaturais os cercam. A narrativa instiga o leitor a decidir o que é real ou ilusório, sendo um verdadeiro mergulho no terror psicológico. O conto mantém-se como um clássico, cuja ambiguidade ainda ressoa.
9 – O Chamado de Cthulhu
Embora inundado de controvérsias, é inegável que H. P. Lovecraft é um gênio quando o assunto é terror, tendo criado um universo inteiro com sua própria mitologia (lovecraftiana) e o seu horror cósmico e escatológico. O Chamado de Cthulhu é um conto de horror que inspira, até os dias de hoje, várias histórias e até mesmo músicas sobre o deus conhecido e temido, Cthulhu.
10 – Jantar secreto
Raphael Montes, em “Jantar Secreto”, submerge o leitor em uma trama em que quatro amigos promovem jantares clandestinos com carne humana. A obra explora a decadência moral e a obsessão pela fama e sucesso, em uma crítica afiada aos valores da sociedade moderna. É uma experiência de leitura que mescla horror e suspense psicológico, questionando os limites da ambição e o que significa realmente “devorar o outro”.
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