Top 6 Animes para entender o que é Shounen

Top 6 Animes para entender o que é Shounen

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Por Kelly Sampaio

Destinado ao público jovem masculino, de 12 a 18 anos, graphic novels e mangás no estilo Shounen se popularizaram com tramas envolvendo ação e humor. Usam temas como artes marciais, mecha (robôs gigantes), ficção científica, esportes, terror, criaturas mitológicas e muito mais e o lema “amizade, esforço e vitória”.

Traduzido literalmente como “quadrinhos para garotos”, os mangás Shounen foram adaptados para animes Shounen, que seguem a mesma premissa, apenas mudando seu meio veiculado, indo de páginas de papel para uma grande tela. Mas, se você ainda tem dúvidas do que realmente é o Shounen, siga o fio.

1 – Dragon Ball

Foto: Toei Animation/Reprodução

Bastante popular na infância de muitos brasileiros, Dragon Ball marcou (e ainda marca) gerações inteiras de jovens garotos. Seguindo o protagonista, Son Goku, da infância até a vida adulta, mostrando seu treinamento para ser um guerreiro Super Sayajin, além de viagens pelo planeta terra (e posteriormente pelo universo) em busca das esferas do dragão, com o objetivo de realizar um desejo quando reunidas.

“A visão que tenho dos Shounen é normalmente a apresentação de uma saga de superação, luta e desafios apresentados ao protagonista e/ou ao grupo de personagens. Normalmente retratados como animes de porradaria, na minha perspectiva eles vão além disso. Como uma criança que cresceu nos anos 90/2000 tive o prazer de acompanhar o auge desse gênero nas TVs brasileiras. Levantei as mãos para a Genki Dama do Goku, acompanhei suas buscas pelas esferas do dragão, transformações e lutas que deveriam levar 5 minutos, mas que duraram uma dezena de episódios. Do clássico ao Z e GT.”

Matheus da Silva Lourenço Costa, designer UX/UI

2 – One Piece

Foto: Shueisha/Divulgação

Situado em um mundo onde não existe apenas a raça humana, o protagonista Luffy, após comer uma fruta que o concedeu poderes de esticar o corpo, embarca numa aventura com outros piratas em busca de um tesouro lendário, o One Piece. Ao longo de sua aventura, é mostrado um mundo repleto de diferentes tipos de seres e culturas, ambientado em um vasto oceano azul com muitos perigos à espreita.

“Minha experiência com One Piece não foi boa. Hoje em dia é uma das obras que eu mais gosto, mas nem sempre foi assim. Já tentei assistir antes, mas acho que por ser um anime antigo, o início é muito lento. Assisti ele, de verdade mesmo, por causa de um amigo, ele me fez assistir por gostar muito, marcamos de assistir diariamente um número de episódios e estar com ele era divertido e cada vez mais eu fui me apaixonando lentamente pelo anime, pelos personagens e pelas histórias.”

Peterson Calixto, auxiliar de controle de qualidade

3 – Tengen Toppa Gurren-Lagann

Foto: Gainax/Reprodução

Em um mundo onde os humanos foram obrigados a se isolarem no subterrâneo, Simon, seu melhor amigo Kamina e um grupo de humanos remanescentes, lutam contra inimigos que possuem Mechas, robôs gigantes, para salvar a população subterrânea e trazê-los de volta à superfície. Com muitos obstáculos no caminho, a aventura do grupo acaba transcendendo as barreiras do planeta e viajando até o espaço para enfrentarem um inimigo ainda mais poderoso, no intuito de salvarem o futuro da raça humana.

“Foi um dos primeiros animes que assisti e confesso que gosto muito da obra. A história é muito bem desenvolvida e me encantou o fato de que mesmo sendo “antigo”, tem uma animação incrível, com cores vivas e atraentes. O único ponto negativo é o Ecchi, que por sua vez nessa época era usado em animes para descontrair o espectador, nesse caso o anime realmente acaba errando.”

Wesley Wallace, social media

4 – Naruto e Boruto

Foto: JustWatch/Reprodução

Se Dragon Ball marcou o período da infância, Naruto (e sua sequência Boruto) marcou a adolescência de muitos jovens brasileiros. Com muitas temporadas, incluindo muitos episódios fillers (que não acrescentam à história principal), Naruto conta a história de um garoto de mesmo nome que vive num mundo dividido em vilas, cada uma delas com seus próprios clãs de ninjas. Com cada personagem tendo sua própria maneira de lutar com técnicas de combate físico, ilusão, cura, entre outros. 

“Sinto uma nostalgia absurda com as músicas, alguns arcos da história. Já aprendi algumas coisas com ele que levo até hoje comigo. Foi o que me manteve entretido por um longo tempo, durante a pandemia, desviando minha atenção do caos que o mundo passou por aquela época.” 

Eduardo Mendes, consumidor de produções do leste asiático

5 – Haikyu!!

Foto: Production I.G/Reprodução

Se distanciando das lutas e indo para dentro dos ginásios, Haikyu é simples em abordar disputas de vôlei entre grupos escolares. Diferente dos animes aqui citados, que abordam questões místicas e sobrenaturais, com seres além da raça humana e poderes divinos, Haikyu se mantém firme na premissa de ser somente e apenas uma competição normal com humanos, mas sem perder todo o conceito que um Shounen carrega por cima de si.

“Minha experiência com esportes na vida era futebol, natação e surf. Eu assistia só anime de lutinha e romance, o verdadeiro extremo um do outro, Shounen e Shoujo. Aí comecei a assistir Haikyu, e é impressionante como ele consegue trabalhar muito bem todos os personagens, dar profundidade aos relacionamentos e à história. Na vida real, eu comecei a treinar e me esforçar realmente como protagonista e curti muito.”

Luís Marcelo Flores, fã assíduo de animações japonesas e iniciante em dublagem

6 – Kakegurui

Foto: MAPPA/Reprodução

Se diferenciando de todos os outros citados anteriormente, Kakegurui não possui protagonismo masculino, pelo contrário, o que se tem é uma jovem estudante muito astuciosa e persuasiva. Ambientado em um colégio onde as apostas governam mais do que notas e professores, Yumeko Jabami aparece como aluna novata. Com poucos minutos de tela, a protagonista desorganiza toda a instituição das apostas, se mostrando como uma verdadeira oponente a ser enfrentada e temida. Embora não possua elementos mágicos ou fantasiosos, a aposta pode realmente ser hipnotizante e controladora.

“No começo eu não esperava muito, porém era cada coisa que rolava nos jogos que eu me animava cada vez mais para ver o próximo episódio. Houve momentos que falei para mim mesmo “isso é loucura”, principalmente pelas explicações malucas em cada trapaça. Os designs dos personagens chamam bem a sua atenção e te prendem para continuar assistindo.”

Fellipe Trinca, fã assíduo de animações japonesas e entusiasta de Kakegurui

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