Brasil perde do Paraguai e corre sérios riscos de não jogar a próxima Copa do Mundo
Por João Pedro Almeida Pimentel
Para a surpresa de ninguém, o Brasil perdeu mais uma partida nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Esta já é a quarta derrota nestas eliminatórias. Para ter uma comparação, durante as eliminatórias das copas de 2010, 2018 e 2022, a seleção brasileira somente somou três derrotas.
De fato, a derrota para o Paraguai nesta terça-feira 10, colocou a seleção canarinho na quinta posição das eliminatórias. Atualmente, esta colocação ainda deixa o Brasil na Copa do Mundo, que será sediada na América do Norte. A tabela, porém, demonstra um risco claro do Brasil não conseguir uma vaga para a para a próxima copa. Da quarta posição à oitava estão somente separadas por dois pontos.
A seleção, que em eliminatórias passadas conseguia terminar esta etapa da Copa do Mundo invicta, agora está disputando vagas com Bolívia, Venezuela e Paraguai. Também é importante mencionar que o Equador, na quarta posição da tabela, começou as eliminatórias com um saldo negativo de -3 pontos. Ainda assim, os equatorianos estão na frente da seleção brasileira.
Tudo isso pode parecer algo novo. No entanto, a CBF atualmente está fazendo de tudo para afastar o torcedor da própria seleção há um tempo. O calendário do Brasileirão já é um dos piores do mundo. Para comprovar isso, o jogador do Fortaleza Yago Pikachu jogou o total de 74 partidas durante a temporada do Leão em 2023, um número absurdamente alto para um atleta. Em comparação com a Europa e outras nações sul-americanas, a média de jogos que um jogador disputa durante a temporada é menos de 60.
Ainda há, além disso, a falta de paralisações continua causando atritos com os torcedores de clubes e a seleção. Durante a Copa América, o Brasileirão não foi paralizado por escolha da CBF. Isto fez com que clubes como Flamengo, Botafogo e Fluminense perdessem os melhores jogadores estrangeiros como De La Cruz, Arrascaeta, Savarino e Jhon Arias, que estavam representando suas seleções sul-americanas durante o torneio.
Para piorar o fato das faltas de paralisações, quando o jogador do Nacional, Juan Izquierdo estava internado no hospital Albert Einstein, com sérios riscos de morte, o campeonato uruguaio foi inteiramente paralizado até serem publicadas notícias sobre o estado de vida do jogador.
No Brasil, um estado inteiro, Rio Grande do Sul, que possui três clubes na Série A, estava alagado e com zero condições para sediar partidas, mesmo assim a CBF não queria paralisar o campeonato. Somente paralisou devido a pedidos dos clubes da competição.
A Seleção Brasileira também aparentemente parou de ligar para a torcida. Os últimos amistosos do Brasil, jogados em solo brasileiro, foram em 2019 com uma vitória de 7 x 0 contra Honduras. Enquanto isso, a atual campeã do mundo, a Argentina, marca até no amistoso mais insignificante, como uma vitória de 7 x 0 em cima do Curaçao, mesmo em solo argentino.
A arrogância dos jogadores e da comissão técnica do Brasil também é algo que tem que ser comentado. Numa coletiva de imprensa antes da derrota contra o Paraguai, o técnico Dorival Júnior afirmou que ele estará na final da Copa de 2026… Só se for na torcida, né? No jogo contra o Uruguai, nas quartas de finais da Copa América, compare a postura de Dorival, vestindo a lendária roupa de Zagallo na Copa de 1998, com o do técnico da seleção uruguaia Marcelo Bielsa. Dorival não consegue nem entrar na roda com seus jogadores, enquanto o “el loco bielsa” apenas puxa uma prancheta e monta uma estratégia para os seus atletas.
Também depois da nova joia brasileira Endrick ter apenas completado um passe em 90 minutos contra o Uruguai e não ter feito qualquer finalização durante a partida, o jogador argumenta que os atletas brasileiros poderiam estar de férias ao invés de representar a seleção brasileira.
É pela incompetência e falta de compreensão da CBF, a arrogância da comissão técnica e dos jogadores é que cada vez aumenta a distância que os torcedores de clubes têm da seleção brasileira. É por todos estes pontos, que o Brasil necessita ser humilhado novamente. Para fazer com que cada um que representa a camisa verde-amarela acorde para a realidade e para o risco sério do Brasil não jogar a sua primeira Copa do Mundo.
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