Jogos Paralímpicos começam em Paris com participação de atletas cearenses

Jogos Paralímpicos começam em Paris com participação de atletas cearenses

TOP 7 filmes que retratam o 11 de setembro
Vaiar nunca foi tão importante: deputados aprovam criação do Dia da Vaia Cearense
Samba é reconhecido oficialmente como manifestação cultural nacional 

Dentre os quatros atletas do Ceará que estarão em busca de medalhas no megaevento, Antônio Henrique Barreto Lima é atleta da Universidade de Fortaleza

Por Victor Frota

Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 foram abertos oficialmente na tarde desta quarta-feira,  28, com encerramento no dia 8 de setembro. O megaevento contará com a maior delegação brasileira convocada na história da competição: são 279 atletas, dos quais quatro são cearenses.

Edênia Nogueira é uma das cearenses convocadas. Ela é natural do Crato e  nasceu com a doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida como atrofia muscular, que afetou os movimentos dos seus membros inferiores. Começou na natação por indicação médica e foi incentivada por Francisco Avelino, que participou dos Jogos de Sydney 2000. 

Ela  faz parte da classe S3, para nadadores com falta de coordenação motora de baixo grau na parte superior do tronco e nos braços, de alto grau no tronco e nas pernas, com deficiência física geral de baixo grau e com ausência de membros. Suas principais conquistas são uma medalha de prata em Atenas 2004 nos 50 metros costas, quando tinha apenas 17 anos, um bronze em 2008, em Pequim, nos 50 metros livres e prata, em Londres 2012, nos 50 metros costas. 

Outro medalhista em paraolimpíadas é Maciel Souza, de 38 anos, natural  de Crateús. Ele nasceu com paralisia cerebral e começou na Bocha aos 11 anos. Três anos depois, passou a representar o Brasil em competições internacionais. Sua classe é a B2 que  é para atletas com transtorno de movimento de baixo grau a grau moderado no tronco e membros ou de alto grau nas pernas. As principais conquistas do atleta são um ouro em Londres 2012 no individual e bronze em Tóquio 2020 na mesma categoria.

Eugênio Franco, de 65 anos, é o cearense mais velho do grupo. Nasceu em Beberibe e, desde 2009, apresenta sintomas e suspeita clínica de espondilite anquilosante, que foi confirmada em 2013, com alterações osteoarticulares e comprometimento neuromuscular. A evolução da patologia de Eugênio foi acompanhada por outras afecções de caráter irreversível como hipertensão arterial, diabetes tipo II, artrose avançada nos membros inferiores e doença de Parkinson desde 2016. 

Iniciou no tiro com arco em 2011, quando desenvolvia estágio de pós-doutorado em Portugal. Ele faz parte da classe W1 que é para arqueiros com coordenação motora moderadamente afetada, amplitude de movimento altamente afetada ou com ausência de membros.

O último atleta  a ser convocado é Antonio Henrique Barreto Lima, de 24 anos. Ele é atleta da Universidade de Fortaleza (Unifor) e compõe a delegação brasileira como guia do atleta Sul Mato Grossense Yeltsin Jacques, que é o atual campeão mundial nas provas de 1500 e 5000 metros. A categoria que ele disputa é a T 11, para pessoas com quase nenhuma visão. 

Ele é estudante do curso de Educação Física  da Unifor e foi campeão mundial esse ano junto com Jacques em Kobe no Japão.  O atletismo entrou em sua  vida aos 12 anos . Especialista nas provas de 800 e 1.500 metros, o atleta começou no esporte como uma brincadeira escolar.

COMMENTS

WORDPRESS: 0