Em seu 49º aniversário, o Dia Internacional da Música é celebrado e relembrado por artistas

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Estudantes e músicos comemoram desde 1975, mas o panorama musical brasileiro ainda precisa ser reformulado e valorizado

Por Kelly Sampaio

Estabelecido pelo International Music Council (IMC), conselho vinculado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Dia Internacional da Música é comemorado no dia 1º de outubro desde 1975. Iniciado pelo violinista Yehudi Menuhin, a data tem como objetivo incentivar a promoção da arte musical em todos os setores da sociedade, além da paz e amizade entre os povos, como afirma o site oficial do IMC.

“O meu envolvimento com a música começou muito cedo. Por meus pais serem religiosos, eu aprendi canções que falavam sobre Deus, sobre a Bíblia, as músicas que eu tinha para ouvir antes de dormir eram músicas cristãs. E percebi que eu gostava muito de música, de cantar, de imitar os gestos musicais que outras pessoas faziam. Então comecei a me interessar por isso”, afirma o músico, cantor, professor e graduando do curso de Música na Universidade Federal do Ceará (UFC), Davi Saraiva.

Entretanto, a música não é somente alegria e festividade, é um ramo de trabalho e precisa ser valorizado como qualquer outro. “Hoje eu sou professor, cantor também, artista. Atuo principalmente como músico e professor, dou aulas de música, de canto, ensaio coros, preparo o vocal de alguns grupos. Eu vivo de fazer música, os sons são muito importantes pra forma como eu vivo hoje”, reitera o músico.

Foto: Davi Saraiva/Acervo Pessoal

Mesmo diante disso, alguns países não valorizam as artes, inclusive a música, da maneira como deveriam, e o Brasil é um exemplo a ser questionado. “Os desafios hoje são muito grandes. O Brasil vem começando a valorizar artistas em um processo lento e muito novo, muito gradual, e isso vai atingindo a sociedade aos poucos, os músicos aos poucos. Então ainda existe uma desvalorização muito grande do trabalho, o profissional da música é visto com olhos de demérito, de desmerecimento. Não é um profissional de fato, como se fazer música fosse algo que valesse menos, justamente porque se trata de uma atividade artística”, critica o estudante, afirmando ainda que o ensino das artes nas universidades públicas são precarizados.

Ainda assim, é indiscutível que a música possui suas propriedades para curar as pessoas, principalmente no âmbito emocional. Aplicativos de bibliotecas musicais como, por exemplo, o Spotify, proporcionam ao usuário, uma experiência única no que diz respeito às conhecidas playlists. Criando conjuntos musicais únicos com diversos artistas e gêneros, que podem animar uma pessoa triste ou, até mesmo, inspirar algum outro músico para criar algo completamente novo.

Foto: Cicero Rodrigues/Divulgação

“Eu acredito que a música é extremamente poderosa. Seja para quem faz ou para quem ouve. Ela tem esse poder de ligar as pessoas, está pra além do plano físico. A música está presente na religião e, através dela, muitos rituais acontecem nas religiões. Independente da religião que você seja, a música sempre vai estar envolvida. As pessoas ouvem música para chorar, para sofrer, para serem entendidas. Ela está o tempo todo na vida da gente. Seu poder de auto expressão é muito grande, e isso possibilita a identificação”, conclui o artista.

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