Pela primeira vez no Nordeste CBJA foi aberto pelos jornalistas Maristela Crispim, Dal Marcondes, Wagner Borges e Samira de Castro na Unifor
Por Giulia Tessmann
“É o nosso papel tentar engajar e seduzir as novas gerações para este trabalho fundamental, que é a conexão entre jornalismo, meio ambiente, ciência e futuro”. Este foi o chamado do jornalista Dal Marcondes, na abertura do 8° Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (CBJA) nesta quinta-feira, 19, no Teatro Celina Queiroz, da Universidade de Fortaleza (Unifor), que prossegue até sábado.
O congresso foi aberto pelo professor Wagner Borges, coordenador do curso de Jornalismo da Unifor, da professora Maristela Crispim e da jornalista Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas.
Wagner Borges ressaltou a importância da Universidade receber o CBJA, pela primeira vez, no Nordeste. Destacou os desafios ambientais que a humanidade sofre hoje, principalmente no Nordeste.
“Fazia muito tempo que a rede brasileira de jornalistas ambientais cobrava que a gente processasse o congresso brasileiro aqui para o Nordeste”, afirmou a jornalista Maristela Crispim, fundadora da Eco Nordeste e professora de jornalismo da Unifor. Destacou ainda que “vivemos um momento crítico na questão ambiental no nosso país, até do mundo, e que o jornalismo é importante para trazer à tona questões necessárias”. Ao falar sobre as expectativas, Maristela informou que são as melhores, com um número de inscrições que surpreendeu.
“Não só para mostrar soluções, mas também para combater essa desinformação, porque a gente vive com medo de que a desinformação cause um dano maior do que os danos que já têm acontecido naturalmente ou causados pelo próprio ser humano”, destaca a jornalista.
A jornalista Samira de Castro, presidente Fenaj, chamou a atenção para a necessidade de combater os negacionistas ambientais e climáticos. “Precisamos levar essa informação de uma maneira cada vez mais compreensível e simplificada para toda a população”. É fundamental que esse evento esteja acontecendo no Nordeste, de acordo com Samira, ainda mais quando essas questões do clima são emergentes e urgentes.
Ao falar sobre a pauta do jornalismo ambiental, Dal Marcondes, presidente do instituto Envolverde, destacou que “é uma pauta que gosta de fazer com que a informação traga mais do que simplesmente o fato, mas traga também o fato de suas consequências e as necessárias de conhecimento para o enfrentamento”. O jornalista ambiental não olha para o passado, ele conta a história do fato ocorrido e vem, há muito tempo, oferecendo a imagem do fato.
“É o nosso papel de tentar engajar e seduzir as novas gerações para esse trabalho fundamental, que é a conexão entre jornalismo, meio ambiente, ciência e futuro” finalizou Dal Marcondes.
“Vai ser um congresso muito enriquecedor, com muitas experiências boas, porque a pauta ambiental é um tema muito importante, que a gente precisa discutir e o jornalismo tenta ir na linha de frente, levando essa discussão para as pessoas”, disse Mateus Mota, estudante de jornalismo do 5° semestre que compareceu ao evento.
O congresso se estende até sábado, 21, e conta com oficinas voltadas para diferentes ramificações da pauta ambiental. Na programação, temas de relevância tais como “Economia Regenerativa e Governança Climática Inclusiva”, “A cobertura do desastre no Rio Grande do Sul”, que será online, “O Jornalismo Ambiental nos meios digitais* e as oficinas de “Cobertura nos Biomas do Brasil: Caatinga” e “Reinvenção do jornalismo científico”.
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