87% dos consumidores optam pelo pagamento via PIX em compras online

87% dos consumidores optam pelo pagamento via PIX em compras online

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O economista e professor Ricardo Coimbra, da Universidade de Fortaleza, explica os motivos que levam à esta preferência, além de analisar as tendências e novas funcionalidades das operações financeiras

por Leonardo Piccinini

Há quase quatro anos no mercado, o Pix vem sendo cada vez mais priorizado pelos consumidores na hora de efetuar pagamentos. No cenário do e-commerce, a preferência é ainda mais dominante em relação aos outros meios: segundo pesquisa feita em parceria entre Octadesk e Opinion Box, 87% dos clientes optam pelo método na hora de finalizar a compra. 

O futuro das operações financeiras segue apontando firmemente para as transações online. Mas, será que ainda há espaço para os cartões de crédito e débito? E o dinheiro físico? Bom, não deve demorar muito para chegarmos a uma resposta, já que o processo vem acontecendo de maneira cada vez mais rápida.

Ricardo Coimbra, economista e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), considera que estamos próximos de um futuro no qual não teremos mais a utilização do dinheiro em espécie, dos cheques, e também uma redução significativa das operações via cartão. “A tendência é eliminar cada vez mais a interferência do sistema bancário, reduzindo, assim, a busca por cartões de crédito e débito. Teremos transações cada vez mais rápidas e eficientes, devido à mobilidade do recurso”, explica o professor. 

E o processo tende a ficar ainda mais flexível. O Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicaram, em julho, um conjunto de regras que têm por objetivo aprimorar a regulamentação do Open Finance. O sistema visa facilitar a jornada de pagamento do cliente ao diminuir etapas nos e-commerce, e viabilizar o Pix por aproximação.

O novo método utiliza a tecnologia NFC (Near Field Communication), que permite a comunicação entre dispositivos quando estão próximos. Quando dois dispositivos compatíveis se aproximam, trocam informações de forma automática.

Ou seja: as transações são feitas em questão de segundos, de maneira quase que instantânea. Com a implementação da funcionalidade, as operações financeiras poderão ser realizadas simplesmente aproximando um dispositivo móvel de outro, sem a necessidade de inserir dados bancários ou escanear QR codes. 

O grande interesse e demanda por parte das instituições financeiras e dos consumidores levou à antecipação do lançamento do PIX por aproximação. A decisão de adiantar a estreia da funcionalidade visa atender à expectativa do mercado e preparar o sistema para uma adoção mais ampla.

Coimbra explica ainda que, além da praticidade, um dos principais motivos para essa preferência pelo PIX se dá pelo fato de ser uma plataforma sem vínculos com operadoras de cartão. “Interessante observar que, por ser um método de pagamento à vista, o PIX permite uma certa diferenciação de valor. Você não paga a taxa de administração da operadora do cartão, que pode variar de 3% a 5% e, como consequência, proporciona um desconto”, conta.

Além disso, o professor complementa que, em breve, as transações de PIX pré datado devem entrar em operação de forma definitiva. “O funcionamento será assim como o débito programado, dos pagamentos de contas de energia, água, e luz. Você já faz o débito programado na sua conta, e a tendência é que agora seja feito na plataforma do PIX, pelo custo operacional menor”, explica.

Foto: Arquivo Pessoal

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