Acidente na Fórmula 1 gera discussões sobre a segurança dos pilotos
por Lorena Regis
O GP do Bahrein de 2020, no último domingo de novembro, alertou a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre a segurança do esporte. Toda a atenção foi voltada para o grave acidente com o piloto Romain Grosjean, de 34 anos, da equipe Haas. Ainda no início da prova, o carro do piloto saiu da pista na primeira curva e se chocou contra uma mureta de proteção. O veículo se partiu ao meio e explodiu.
Apesar de Grosjean ter passado cerca de 29 segundos no incêndio, o piloto escapou do fogo pulando uma mureta de proteção com a ajuda dos fiscais do GP. A assessoria da equipe Haas logo tranquilizou os participantes da corrida e os telespectadores sobre o estado do atleta. O francês recebeu os primeiros socorros dos médicos da competição e em seguida foi levado de helicóptero para um hospital militar da região para fazer exames e ter uma melhor avaliação.
O acontecimento nas pistas não gerou lesões graves ao piloto. Grosjean teve queimaduras de segundo grau nas mãos e continua realizando o tratamento necessário. Pelas redes sociais, o atleta está sempre atualizando os fãs sobre sua recuperação e o francês já retornou para sua casa.

Segurança na F1
A fama do automobilismo e a modernização do esporte escondem os riscos reais que os atletas podem sofrer. A cada corrida, os pilotos expõem suas vidas ao atingirem cerca de 300 km/h. A alta velocidade é fator principal para os acidentes acontecerem. Para ajudar na segurança da F1, os setores de tecnologia e de engenharia sempre estão na busca de desenvolver os melhores equipamentos e contribuir na proteção dos atletas.
Acredita-se que, além da sorte, dois equipamentos foram fundamentais para evitar a morte do atleta da Haas. Um deles é o aparelho mais recente exigido pela Fórmula 1, chamado de “Halo”. Implantado em 2018, ele é localizado em cima do carro e serve para proteger a cabeça do piloto. Feito de titânio, é capaz de aguentar o peso de até 12 toneladas.

O macacão é outro material indispensável para uma corrida. Ele é feito de camadas de Nomex, um material antichamas que suporta até mil graus celsius. O atleta pode permanecer 20 segundos nas chamas sem ser atingido. Embaixo da “armadura”, os pilotos ainda usam camisa, calça e meias também à prova de fogo. Um atleta de F1 utiliza em média 17 macacões por ano.
No intuito de amenizar os danos nas pistas, a FIA assegura que as equipes federadas cumpram com todos os protocolos de seguranças e a fiscalização é regular. Os protocolos são atualizados à medida que alguma intercorrência coloque em risco a vida dos pilotos.