Apata combate o abandono animal
Por Clara de Carvalho e Fayher Lima
Seja andando pelas ruas da cidade, passeando pelas praias ou se exercitando nas praças e parques de Fortaleza, é comum encontrar animais abandonados. De acordo com a estimada da Prefeitura de Fortaleza, cerca de 30 mil animais, em sua maioria cães e gatos, encontram-se em situação de abandono nas ruas da capital cearense.
ONGS e Órgãos Públicos acreditam que os números tendem a aumentar durante as férias. Entre os meses de novembro e fevereiro muitos animais são largados em pontos de abandono para que as famílias possam viajar. A coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) afirma que Cemitério da Parangaba, Lar Torres de Melo e o Hospital de Messejana são os locais com maior concentração de animais em situação de rua.
A Associação Protetora dos Animais para Tratamento e Adoção (APATA) é uma Organização Não-Governamental (ONG) está ativa há mais de 20 anos e foi legalmente registrada em 2004. APATA é a segunda ONG mais antiga de Fortaleza e visa o amparo do bem estar animal e ambiental, tendo fins altruístas e sem fins lucrativos.
Motivação do abandono
A ONG britânica Dogs Trust, que atua em campanhas para a diminuição de abandono animal, divulgou as principais justificativas de quem abandona seus animais são: as férias longas, animais doentes, entes da família com alergia aos bichinhos e falta de condição financeira para cuidar.
A atuação da prefeitura
De acordo com o CCZ, 300 animais foram castrados mensalmente em 2017. Em 2018, a Prefeitura de Fortaleza lançou uma campanha de cadastro de animais domésticos com o objetivo de cessar o abandono animal. Durante o mês de maio, cães e gatos receberam chips e tiveram dados cadastrados no Registro Geral dos Animais (RGA). Os cadastros foram realizados no Vetmóvel – equipamento itinerante que oferece serviços de saúde animal, de forma voluntária e gratuita.
Denuncie o abandono animal
Abandonar animais no Brasil é crime. O artigo 164 do Código Penal prevê detenção de 15 dias a seis meses ou multa. Qualquer pessoa pode realizar uma denúncia, basta dirigir-se a uma delegacia de Fortaleza.
APATA
A Associação surgiu com o objetivo de resgatar e oferecer tratamento até o animal ser adotado, mas visto que os animais com os perfis de sequelas, idosos e deficientes eram rejeitados, começou a funcionar também como abrigo. Todo trabalho é voluntário, tendo menos de dez voluntários trabalhando efetivamente.
Tendo em conta uma média de 4 mil reais por mês de despesas, a APATA não possui condições financeira de manter uma sede, abrigando os animais nas casas dos voluntários. “Muita gente acha que a gente vive (financeiramente) da Apata, mas temos outros empregos, aqui somos voluntários e muitas vezes tiramos do nosso salário para manter a associação. A gente abre mão do nosso lazer, de ter uma vida mais confortável, para ajudar esses animais a terem o mínimo de dignidade”, revela Gisele Oliveira, voluntária ativa e tutora de mais de 40 animais resgatados pela APATA.
Hoje, a ONG não pretende resgatar mais animais, apenas cuidar que já foram resgatados, pois a procura de adoção é pouca. Eles trabalham com três formas de minimizar o sofrimento dos bichos: castração para reduzir a procriação desenfreada, denúncias de maus tratos e educação para os tutores sobre a importância da guarda responsável.
Existem várias maneiras de ajudar a APATA. Além da adoção dos animais já resgatados, a doação de dinheiro, de ração e de produtos de higiene como materiais para banho, areias higiênicas e material de limpeza dos locais para os locais residem os bichos também são bem vindos.
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