O rádio vive como um postal
Por Lígia Grillo
“Não posso mais viver assim
Ao seu ladinho
Por isso colo meu ouvido
No radinho de pilha
Pra te sintonizar
Sozinha, numa ilha…”
Esse trecho da música dos Titãs estampa um dos modelos de cartões postais que foram distribuídos durante o evento de hoje (25/09), em homenagem ao dia do rádio. Os cartões retratam diferentes contextos em que o rádio está inserido atualmente. Mas porque em um postal? Algo que, como o rádio, ainda luta pelo reconhecimento em um meio tecnológico e digital. Organizado pelas professoras Ana Paula Farias e Kátia Patrocínio, o evento contou com o apoio das células de Eventos e Rádio do Núcleo Integrado de Comunicação (NIC), e trouxe como convidados os especialistas na área, Guga de Castro e Henrique Beltrão, que relataram suas vivências no mercado.

Como em um postal, o rádio tem remetente e destinatário. Ele se adaptou à era digital online e hoje se reinventa. Por ele, a interação pode ser imediata e portátil, permitindo ser algo que a televisão a cabo não é, acessível a população. Baseado em informações da Pesquisa Regular de Rádio, do estudo Target Group Index e do monitoramento do espaço publicitário, a Kantar Ibope Media, relata que, em 2015, 89% dos brasileiros escutam rádio nas 13 regiões metropolitanas onde o consumo é aferido. Dado que evidencia, mesmo com a popularidade da internet e dos smartphones, que o rádio ainda é uma plataforma popular.
Durante o evento, Guga de Castro narrou uma conversa que teve com um amigo outro dia. Este amigo defendia que o futuro da comunicação da humanidade seria o celular. Acontece que o rádio vem se adaptando e ele também está nos celulares, por meio de aplicativos de stream e via web. “O rádio nunca vai morrer”, bradou Guga em defesa de sua paixão.
“O rádio nunca vai morrer” (Guga de Castro)
Na palestra, Beltrão afirma que “o rádio é o abraço entre a universidade e a sociedade”. Através da plataforma, é possível inserir, por meio da inclusão, programas voltados para as minorias da sociedade, como deficientes físicos e mentais. De bom humor e mostrando sua musicalidade, Henrique Beltrão recitou um texto produzido por ele em homenagem ao dia do rádio, e tocou uma música inspirada em um poema de Artur Eduardo Benevides em homenagem a uma amiga, para deleite dos presentes, confira:
“A rádio é o abraço entre a universidade e a sociedade” (Henrique Beltrão)